Os distúrbios por causa do preço dos alimentos no Haiti e em outros lugares é um alerta para que o mundo se empenhe mais no combate à pobreza, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (16).
"Foi necessário assistir a cenas dramáticas para que a comunidade internacional acordasse para a urgência de encontrar soluções definitivas aos desafios da pobreza", afirmou Lula em almoço oferecido a presidente da Índia, Pratibha Patil.
Protestos populares contra os preços do arroz, do feijão e de outros gêneros essenciais derrubaram o primeiro-ministro haitiano, Jacques Aléxis, no sábado.
"Foi necessário assistir a cenas dramáticas para que a comunidade internacional acordasse para a urgência de encontrar soluções definitivas aos desafios da pobreza", afirmou Lula em almoço oferecido a presidente da Índia, Pratibha Patil.
Protestos populares contra os preços do arroz, do feijão e de outros gêneros essenciais derrubaram o primeiro-ministro haitiano, Jacques Aléxis, no sábado.
Na opinião de Lula, a explosão dos preços mostra que o mundo "estava mal equipado para enfrentar e resolver esse mal maior de nosso tempo", ou seja, a fome.
Patil passa três dias no Brasil, em sua primeira viagem oficial ao exterior desde que assumiu o cargo, em 2007. Ela elogiou o programa Fome Zero, criado no início do governo Lula. Especialistas dizem que o aumento mundial no preço dos alimentos se deve ao crescimento da demanda na Ásia, a fatores climáticos adversos e ao uso intensivo do milho para a produção de álcool nos Estados Unidos. Nesta semana, a agência da ONU para alimentação e agricultura (AFO) alertou numa conferência em Brasília que o aumento dos preços ameaça agravar a desnutrição na América Latina.
Patil passa três dias no Brasil, em sua primeira viagem oficial ao exterior desde que assumiu o cargo, em 2007. Ela elogiou o programa Fome Zero, criado no início do governo Lula. Especialistas dizem que o aumento mundial no preço dos alimentos se deve ao crescimento da demanda na Ásia, a fatores climáticos adversos e ao uso intensivo do milho para a produção de álcool nos Estados Unidos. Nesta semana, a agência da ONU para alimentação e agricultura (AFO) alertou numa conferência em Brasília que o aumento dos preços ameaça agravar a desnutrição na América Latina.
Palpite
Também hoje, Lula criticou os que têm relacionado a alta dos preços dos alimentos com a produção de biocombustíveis. "É muito fácil alguém ficar sentado em um banco da Suíça e ficar dando palpite no Brasil e na África. É preciso vir aqui meter o pé no barro", afirmou.
Segundo o presidente, países como o Brasil e no continente africano têm ainda muita capacidade para produção tanto de alimentos como de biocombustíveis. Mais uma vez ele atribuiu a alta do preço dos alimentos ao redor do mundo ao aumento do consumo na China, África e América Latina.
"O alimento está caro porque o mundo não estava preparado para ver milhões de chineses comerem, milhões de indianos, brasileiros e latino-americanos comerem três vezes ao dia. Ao invés de ficar chorando [temos que] produzir mais alimentos."O presidente afirmou que não existe ameaça de faltar alimentos por causa dos biocombustíveis. "Jamais iria aceitar qualquer tipo de política que fizesse a gente comer nafta e fazer combustível de soja."
Lula disse que está disposto a viajar para abrir o debate sobre os biocombustíveis ao redor do mundo.
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