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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Economia: Volume de crédito chega a 39,1% do PIB em setembro

O volume de crédito do sistema financeiro brasileiro chegou a R$ 1,148 trilhão, em setembro, o que corresponde a 39,1% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em agosto, essa relação era de 37,9%. A projeção do Banco Central é chegar ao final do ano em 40% do PIB. As informações, divulgadas nesta quarta-feira (22), são do BC.
Os clientes bancários estão pagando mais caro pelo crédito. A taxa de juros anual para as famílias subiu de 52,1% para 53,1% e para as empresas permaneceu em 28,3% de um mês para outro.
A taxa do cheque especial continua sendo a mais alta – 170,2% ao ano –, sendo que em agosto era de 166,4% ao ano. A do crédito pessoal, que inclui operações de consignado em folha, ficou em 56,3%, em setembro, contra 54,5% ao ano no mês anterior.
A inadimplência recuou de 4,2% para 4%, no geral. Para as pessoas físicas, caiu de 7,5% para 7,3% e para as empresas, de 1,7% para 1,6%. O percentual leva em conta atrasos acima de 90 dias.
Os prazos médios de financiamentos em dias corridos de agosto para setembro aumentou tanto para as empresas quanto para as famílias, passando de 470 para 480 e de 372 para 378, respectivamente.
Agência Brasil

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Bahia ultrapassa número de empregos gerados em 2007

No mês de setembro, foram gerados 5.313 novos postos de trabalho na Bahia, elevando para 62.946 o saldo acumulado nos nove meses de 2008. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na tarde desta quarta-feira, 15, em Brasília. Os setores que mais empregaram no estado baiano no mês avaliado foram serviços e comércio, com respectivamente 4.095 e 2.378 novas contratações.
O saldo de novos empregos gerados nos nove meses de 2008 já é maior do que o acumulado em todo o ano de 2007, que foi de 58.720 novos empregos. Além disso, todos os resultados mensais deste ano relativos à Bahia divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram positivos.
De acordo com os números do Caged, mesmo com o saldo negativo apresentado pelo setor agrícola (-3.073), o resultado do mês de setembro garantiu uma expansão de 0,42% no número de assalariados com carteira assinada em relação ao mês de agosto, que apresentou um saldo de 4.793. Em todo o Brasil, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Enprego, de janeiro a setembro deste ano foram gerados 2.086.570 novos postos de trabalho. Só em setembro, foram criadas 282.841 vagas com carteira assinada, o que equivale ao maior resultado da série histórica do Caged para esse período.
Para o secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, tanto a economia baiana como a brasileira vivem um momento especial. "Mas é claro que precisamos avaliar os números com cautela, pois a economia mundial vive um momento delicado”, observa Vasconcelos.
Ainda assim, o secretário afirma que a expectativa é que os meses de outubro e novembro mantenham o saldo de empregos positivos, já que o mês de dezembro, historicamente, o resultado é sempre negativo, em função das demissões dos empregos temporários.

Governo Lula tira o Brasil da lista dos países com graves problemas alimentares

Relatório divulgado esta semana sobre o ranking dos países com graves problemas alimentares trouxe uma boa notícia para o Brasil. De acordo com o relatório, o País foi um dos dez do mundo que tiveram maior crescimento no indicador de políticas de combate à fome.
De acordo com o chamado Índice Global da Fome (ou GHI, na sigla em inglês) brasileiro reduziu quase à metade - 45,6% exatamente -, fazendo o País deixar o grupo de nações com problemas alimentares "graves" para figurar entre aquelas onde esse problema é considerado "baixo".
Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) em parceria com as organizações não governamentais German Agro-Action e Concern Worldwide. O GHI de 2008, calculado para mais de 120 países (não para os industrializados), levou em consideração o número de pessoas com deficiência alimentar entre 2002 e 2004, a taxa de mortalidade infantil de 2006 e a desnutrição infantil para o ano mais recente entre 2001 e 2006. No mundo, sem contar as imensas diferenças regionais, o índice da fome caiu a uma proporção de 20% entre 1998 e 2008.
Os dados, na avaliação do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), consagram o sucesso das políticas de combate à fome e de redução das desigualdades sociais implantadas no governo Lula. “Nos últimos anos estamos vivenciando a redução drástica dos índices de miséria, fome e desigualdade social no Brasil. Tudo isso é resultado dos programas de distribuição de renda do governo, a exemplo do Bolsa Família, que atende milhares de famílias de baixa renda em todo o País”, afirmou. Outro fator que colaborou bastante para que o Brasil saísse dessa situação desconfortável foi a aprovação da Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional. De acordo com o parlamentar, a partir da implantação da lei o Brasil criou uma rede de segurança alimentar que protege os direitos da população.

Desnutrição infantil
Segundo o IFPRI, a melhora no mundo foi motivada em grande medida pelo progresso na nutrição infantil. “A proporção de crianças abaixo do peso foi o indicador que mais declinou - em 5,9 pontos percentuais - enquanto a mortalidade de crianças abaixo de cinco anos e a proporção de desnutridos também tiveram melhora”. Entretanto, a organização afirmou que o problema da fome no mundo “permanece sério”, especialmente em países africanos onde conflitos civis exacerbam a crise alimentar. "As médias globais escondem diferenças dramáticas entre regiões e países", disse a instituição.
Enquanto o GHI caiu 40% na América Latina e 30% no Sudeste Asiático em 20 anos, a queda foi de apenas 11% na África subsaariana no mesmo período। Em relação ao Brasil, o IFPRI já havia observado uma redução significativa nos índices de fome a partir da década de 1990। Em uma escala de zero a cem (zero sendo o melhor resultado), o País tinha um GHI de 10,43 em 1981, figurando entre os países com "graves" problemas no campo alimentar। Durante a "década perdida", como economistas chamam os turbulentos anos 1980, o índice se reduziu, mas ainda chegava a 8,33 em 1990। Caiu para 5,43 em 2003 e 4,60 em 2004, ano a partir do qual o Brasil passou a ser classificado como país com problemas alimentares "baixos"। A redução coloca o Brasil como o nono melhor desempenho entre os dez países que viram seu índice cair nas duas últimas décadas।

Piores
A lista é liderada pelo Kuwait (-72,4%), que viu uma grande redução no GHI em função dos "níveis extraordinários" de fome na década de 1990, quando foi invadido pelo vizinho Iraque. O relatório elogiou as políticas do Peru, o segundo da lista, que em 20 anos saiu de um GHI de 19,5 pontos para 5,6 pontos. O México (redução de 50,8% no GHI) figurou no 5º lugar. O desempenho brasileiro foi semelhante ao do Vietnã (queda de 47,2% no índice), cujas políticas de redução da pobreza são apontadas como exemplo, e da Tailândia (-45,9%).
Mandela

Nesta quinta-feira (16), Lula se encontrou em Maputo, capital de Moçambique, com Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, que vive no país। Logo após a conversa dos dois, na casa de Mandela, ambos, lado a lado, posaram para fotos।
"Estou muito honrado em receber o presidente. Na minha idade, não me reúno mais com presidentes", afirmou Mandela.
Sua declaração foi traduzida para jornalistas pela sua mulher, Graça Machel. O ex-presidente sul-africano, que passou 27 anos na prisão quando lutava contra o apartheid em seu país, está com 90 anos. Em 1993, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Depois do encontro, Lula depositou flores no túmulo de Samora Machel, considerado o principal herói da independência de Moçambique, e assistiu a apresentações de grupos de dança popular do país.
Com Agência Informes (www.ptnacamara.org.br)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Saiba quem são todos os prefeitos e vereadores eleitos pelo PT no Brasil

Com base nos dados consolidados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), relativos às eleições de domingo (5), o PT organizou dois arquivos com os nomes de todos os prefeitos e vereadores eleitos pelo partido neste ano. A consulta pode ser feita por Estado. No caso dos prefeitos, estão incluídos aqueles que foram para o segundo turno. Veja abaixo
Prefeitos eleitos do PT + petistas no segundo turno
Vereadores eleitos pelo PT

domingo, 12 de outubro de 2008

Partido dos Trabalhadores sai mais fortalecido das eleições municipais 2008

O jeito petista de governar está invadindo todos os cantos do país. De acordo com os números divulgados pelo TSE até o momento, serão 566 prefeituras administradas por petistas a partir de janeiro de 2009, 155 a mais que nas últimas eleições municipais (2004), o que representa um aumento de 33%.
A crescente evolução registrada pelos partidos nos últimos anos é ainda mais expressiva, quando traçamos o histórico eleitoral do PT, desde 1982, até os dias de hoje. Como pode ser verificado no gráfico abaixo, o partido iniciou as disputas eleitorais com apenas duas prefeituras conquistadas, e, desde então, não pára de crescer de forma contínua e progressiva.
Essa expansão incontestável do PT é importante, pois sinaliza o enorme respaldo popular que as nossas administrações têm recebido por todo o país, e demonstra que o PT continua a ser o mesmo partido popular e de massas que tem se pautado pela defesa dos interesses dos cidadãos brasileiros ao longo dos seus 28 anos de história.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Governo economiza R$ 108 bi até agosto, sem contar juros

O setor público consolidado, formado pelo governo federal, Previdência Social e Banco Central, registra, no acumulado do ano de janeiro a agosto, um superávit primário de R$ 108,409 bilhões, o equivalente a 5,78% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo BC. Em igual período de 2007, o esforço fiscal do setor público somou R$ 87,669 bilhões, correspondente a 5,26% do PIB.
O superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento da dívida pública. O saldo primário não leva em conta as despesas com juros da dívida, no período.
O resultado dos oito primeiro meses de 2008 teve a contribuição de R$ 75,704 bilhões do governo central, com destaque para o esforço do governo federal, que economizou R$ 100,358 bilhões. Essa economia foi, em parte, reduzida pelo déficit primário de R$ 24,394 bilhões registrado pela Previdência Social no período.
Nos oito meses deste ano, o superávit primário dos governos regionais somou R$ 24,530 bilhões, com destaque para os Estados, que economizaram R$ 22,416 bilhões. Entre as estatais, o esforço somou R$ 8,174 bilhões, com participação de R$ 7,013 bilhões das companhias federais.
De janeiro a agosto, o gasto com juros nominais somou R$ 119,329 bilhões, o correspondente a 6,36% do PIB. Em igual período de 2007, essa despesa somou R$ 103,889 bilhões, ou 6,23% do PIB. Feito o pagamento de juros, os oito primeiros meses de 2008 terminaram com déficit nominal de R$ 10,921 bilhões, equivalente a 0,58% do PIB. Em igual período do ano passado, o déficit nominal somava R$ 16,221 bilhões ou 0,97% do PIB.
A dívida líquida do setor público ficou em R$ 1,183 trilhão em agosto, o equivalente a 40,5% do PIB, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Em julho, a dívida líquida estava em R$ 1,192 trilhão, ou 40,8% do PIB. AgostoO setor público consolidado registrou um superávit primário R$ 10,184 bilhões em agosto. O valor é inferior ao esforço realizado em julho - R$ 12,109 bilhões - mas superior ao registrado em agosto de 2007, de R$ 8,091 bilhões.
O resultado do mês passado reflete o superávit primário de R$ 7,253 bilhões do governo central, com destaque para a Previdência Social, que teve déficit primário de R$ 4,060 bilhões. No mês passado, os governos regionais realizaram esforço fiscal de R$ 2,467 bilhões, sendo que os Estados contribuíram com R$ 2,315 bilhões e os municípios com R$ 152 milhões. As estatais fizeram em agosto superávit primário de R$ 464 milhões, sendo que a contribuição das estatais federais somou R$ 438 milhões.
Em agosto, a despesa com juros nominais somou R$ 12,527 bilhões ante R$ 18,777 bilhões de julho e R$ 10,948 bilhões de agosto de 2007. Feito o pagamento de juros, agosto terminou com déficit nominal de R$ 2,343 bilhões. O resultado é inferior ao verificado em julho (R$ 6,668 bilhões) e inferior também ao de agosto de 2007 (R$ 2,858 bilhões). Agência Estado

Aprovação de Lula bate novo recorde e chega a 80%, mostra pesquisa CNI/Ibope

A aprovação do governo Lula bateu novo recorde e chegou a 69%, conforme dados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira (29). A aprovação pessoal de Lula também bateu recorde e chegou a 80%. A confiança no presidente ficou na casa dos 73%.
A avaliação positiva do governo é a segunda maior da história da pesquisa, ficando atrás apenas do governo de José Sarney, que obteve 72% de aprovação no auge do Plano Cruzado, em 1986.
O governo também obteve a nota mais alta, de zero a 10, da história da pesquisa. Com uma média de 7,4, superando a marca de março deste ano, quando obteve uma média de 7,1.Para mediar a aprovação, a CNI soma o percentual de quem considera o governo bom ou ótimo.
Em relação à ultima rodada da pesquisa, realizada em junho, a aprovação do governo subiu 11 pontos percentuais e a pessoal do presidente cresceu oito pontos.De junho para setembro também existiu um recuou na desaprovação do governo. Dos entrevistados, 8% avaliaram o governo como ruim ou péssimo, contra 12% em junho.
Na última rodada da pesquisa também consta que 23% da população considera o governo regular e 1% não souberam ou não quiseram responder.De acordo com o diretor de relações institucionais da CNI, Marco Antônio Guarita, três pontos foram fundamentais para a grande aprovação de Lula. "A economia crescente com redução de desemprego, a desacelaração da inflação e o pré-sal são os principais responsáveis pelo excelente desempenho", disse.
A pesquisa CNI /Ibope foi realizada entre 19 e 22 de setembro, entrevistou 2.002 pessoas com mais de 16 anos de idade em 144 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Estado investe cerca de R$ 5 mi em equipamentos para proteção ambiental

O Governo do Estado investiu R$ 4,8 milhões na reestruturação do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Os recursos foram aplicados na compra e locação de equipamentos que serão utilizados para proteção ambiental.
Os 22 novos veículos (12 caminhonetes 4x4 e 10 automóveis do tipo perua), três embarcações (duas lanchas e um bote inflável), um helicóptero, além de 10 kits de mergulho, 56 câmeras fotográficas e 56 GPS’s foram entregues pela diretora do órgão, Beth Wagner, na manhã de sexta-feira (26), no Forte de Mont Serrat, em Itapagipe.
A solenidade reuniu ainda representantes da Marinha, Ibama e Ministério Público e o secretário estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos.
Dentro do pacote de equipamentos entregues estão ainda aparelhos para a detecção de gases, que serão utilizados em fiscalizações de empresas e indústrias, e sistemas com dispositivos de proteção individual para técnicos e biólogos que atuam a serviço do órgão.
O secretário do Meio Ambiente, Juliano Matos, disse que os novos aparelhos vão dar agilidade e qualidade às operações desenvolvidas pelo órgão e também garantir condições para a preservação da natureza.
As novas aquisições vão reforçar as ações de proteção e conservação ambiental promovidas pelo IMA, com destaque para o combate à pesca predatória, além da prevenção e solução de acidentes no mar, rios e matas.
Para Beth Wagner, a iniciativa representa um importante salto no que se refere a infra-estrutura do órgão.
“São equipamentos que vão auxiliar na resolução de problemas como a pesca com bombas, pois vamos ampliar o alcance do monitoramento com o helicóptero e chegar mais rápido com as nossas lanchas. Em lugares de difícil acesso no mar vamos utilizar o bote que tem dimensões menores para chegar nos espaços mais remotos”, disse.
Somente na área de transporte terrestre foi ampliado o número de veículos de 38 para 65. Além disso, foram recuperadas duas lanchas que estavam sucateadas no pátio do órgão. “As embarcações receberam novos motores e reparos no casco”, informou Beth.
A coordenadora de fiscalização do IMA, Carla Fabíola Ribeiro, explicou que um dos veículos da frota ficará descaracterizado para a utilização em operações de combate a crimes ambientais. “É um carro mais antigo, que não terá adesivos para flagrarmos irregularidades contra o meio ambiente”.

Lula assina hoje decreto sobre novo acordo ortográfico da língua portuguesa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta segunda-feira (29) o decreto com o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no País। A assinatura será às 15h, no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, durante sessão solene de celebração dos 100 anos da morte de Machado de Assis। O acordo ortográfico prevê 20 bases de mudanças na língua portuguesa, tais como o fim do trema, novas regras para o emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y no idioma, além de novas regras de acentuação। Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), membro da Comissão de Educação da Câmara, as mudanças são bem- vindas। O petista acredita que o processo de transição será tranqüilo e as novas mudanças serão absorvidas com facilidade pela população brasileira। “É sem dúvida um avanço para a língua portuguesa। São incorporações importantes”, defendeu।Segundo o decreto, o acordo entrará em vigor a partir de janeiro de 2009, mas a regra atual vale para vestibulares e concursos públicos até dezembro de 2012। A novidade chegará aos livros didáticos em 2010, quando os próximos exemplares deverão ser editados de acordo com a nova ortografia।A expectativa é de que a reforma ortográfica – assinada em 1990 e ratificada pelo Brasil em 1995 – amplie a cooperação internacional entre os países de língua portuguesa ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma। A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Portugal e Brasil, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura।

Edmilson Freitas com Agência Brasil

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Na ONU, Lula ataca especulação e defende ação política global contra crise financeira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23), durante discurso na abertura da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que a crise financeira tem "efeitos perversos" para milhões de pessoas.
Clique aqui para ouvir à íntegra do discurso de Lula.
"As indispensáveis intervenções do Estado, contrariando os fundamentalistas do mercado, mostram que é chegada a hora da política. Somente ação dos governantes, em especial naqueles países que estão no centro da crise, será capaz de combater a desordem que se instalou nas finanças internacionais com efeitos perversos na vida cotidiana de milhões de pessoas".
A crise financeira, que Lula chamou de "dura realidade", foi o primeiro tema a ser abordado pelo presidente, que discursou por cerca de 15 minutos. A fala dele abriu a assembléia.
Para superar a crise financeira, o governo dos Estados Unidos lançou um pacote de ajuda ao setor financeiro de Wall Street no valor de US$ 700 bilhões. A proposta foi entregue no sábado (20) ao Congresso dos Estados Unidos e pede também para que o limite de dívida do país suba para US$ 11,315 trilhões.
Em seu discurso, o presidente Lula sugeriu que as medidas para conter a crise financeira sejam tomadas em "espaços multilaterais"। "A economia é séria demais para ficar nas mãos dos especuladores. (...) Dado o caráter da crise, as soluções adotadas deverão ser globais, tomadas em espaços multilaterias legítimos e confiáveis, sem imposições."
Unasul
Lula citou ainda a recente crise na Bolívia para exemplificar que os países sul-americanos têm se unido por meio da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
"Reunidos em Santiago do Chile há pouco mais de uma semana, tratamos de situações complexas, como a que vive a nação irmã da Bolívia। Respaldamos seu governo legitimamente eleito e fizemos um apelo ao diálogo como caminho para paz", discursou.
'Nacionalismo populista'
Lula criticou ainda países ricos que cometem o que ele chamou de "nacionalismo populista". "O muro de Berlim caiu e sua queda foi entendida como possibilidade de mundo de paz. Mas é triste constatar que outros muros foram construídos e com enorme velocidade", disse.
Para o presidente, há atitudes contraditórias por parte de alguns países। "Muitos dos que pregam livre circulação de mercadorias impedem circulação de homens e mulheres. Com argumentos nacionalistas e até fascistas que nos fazem invocar tempos que pensávamos ter superado. Um suposto nacionalismo populista que alguns pretendem criticar é praticado sem constrangimento em países ricos", discursou.
Conselho de Segurança
Lula criticou ainda a demora na reforma do Conselho de Segurança na ONU. O Brasil pleiteia uma vaga no conselho.
"A estrutura vigente, congelada há seis décadas, responde cada vez menos aos desafios do mundo contemporâneo। Sua representação distorcida é um obstáculo ao mundo multilateral que todos nós almejamos। Considero, nesse sentido, muito auspiciosa a decisão da Assembléia Geral de iniciar prontamente negociações relativas à reforma do Conselho de Segurança।"
Crise dos alimentos
Como fez diversas vezes no auge da crise dos alimentos, pela qual diversos especialistas culparam os biocombustíveis, o presidente Lula defendeu o etanol de cana। "A experiência brasileira comprova o que poderá valer, que o etanol de cana diminui a dependência dos combustíveis fósseis e é compatível com a expansão dos alimentos।"O presidente destacou ainda que melhorias no Brasil, que, segundo ele, "está vencendo a fome e a pobreza"। "O Brasil é hoje muito distinto daquele de 2003, ano em que assumi a Presidência do meu país e que compareci aqui pela primeira vez. (...) Tiramos milhões da miséria e outros milhões ascenderam à classe média. Tudo isso com crescimento, fortalecimento da democracia com intensa participação popular."
Agenda
Ainda nesta terça, Lula se encontra, de acordo com a agenda presidencial, com o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao; com o presidente da Namíbia, Hifikepunye Pohamba; com o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo; e com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Jan Peter Balkenende।

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

CNT/Sensus: Aprovação de Lula aumenta e atinge novo recorde histórico de 77,7%

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou quase dez pontos ao passar de 69,3% para o índice de 77,7%, o maior patamar desde julho de 2003. As informações são da pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgadas nesta segunda-feira (22).
A avaliação do presidente também foi refletida no desempenho do governo em geral, bem avaliado por 68,8% dos entrevistados. O índice é 11,3 pontos percentuais maior que o último levantamento, em abril de 2008, que ficou em 57,5%.
Esse percentual representa recorde em toda a série histórica, incluindo o governo Fernando Henrique Cardoso
Com agências

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Emprego na construção civil cresce 103%

A indústria da construção civil brasileira contratou 271,4 mil trabalhadores de janeiro a julho, número 103% maior que o total contratado no mesmo período de 2007, conforme pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da FGV Projetos.
O estoque de mão-de-obra em julho - 2,106 milhões de trabalhadores - é o maior desde 1995, quando o levantamento teve a metodologia atualizada। No mês de julho, foram contratados 42,3 mil novos funcionários, com aumento de 2% em relação a junho.
Distribuição regional
A maior variação mensal porcentual do nível de emprego na construção ocorreu na região Norte, que registrou aumento de 2,7% em julho (+2,8 mil trabalhadores) ante junho. Na Região Sudeste, a expansão foi de 1,88% (+ 21.710 vagas) na mesma base de comparação.
No Estado de São Paulo, foram criadas 71,2 mil vagas até julho, com alta de 13,8%, e o estoque de mão-de-obra do setor chegou a 587,3 mil empregados com carteira registrada.
Na capital paulista, foram criados 34,5 mil postos de trabalho de janeiro a julho, com crescimento de 14%. Em julho, foram contratados 4,2 mil funcionários, 1,5% a mais que em junho. O estoque de mão-de-obra da construção na capital é de 282 mil empregados

Brasil ultrapassa a marca história de 2 milhões de empregados em um ano

Foram gerados 239.123 empregos com carteira assinada no país no mês de agosto, o maior saldo da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado esta segunda-feira (15) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em coletiva em Brasília. Tal resultado representou um crescimento de 0,78% no estoque de assalariados celetistas do mês anterior e situou-se 79% acima do resultado de agosto de 2007 (133.329 postos).
Nos oito primeiros meses do ano, o montante de empregos criados já atinge 1.803.729 (+6,23%), resultado recorde da série histórica para o período, situando-se 33% acima do saldo ocorrido em 2007 (1.355.824 postos ou +4,96%) e 23% superior ao recorde anterior verificado no mesmo período de 2004 (+1.466.446 postos ou +6,28%). Nos últimos 12 meses, foram registrados pela primeira vez na série do Caged a geração de empregos superior a dois milhões de celetistas (2.065.297 postos ou +7,19% ).
Entre 2003 e 2008 foram gerados 8.072.497 postos de trabalho celetistas. Até agosto, o estoque do Brasil de pessoas com carteira assinada é de 30.769.918.
"Eu já vinha dizendo que a inflação era reflexo da crise internacional. Hoje os preços já estão caindo no país. Minha previsão no início do ano era de mais de 1,8 milhão de novos empregos até dezembro. O resultado agora em agosto reforça que vamos sim bater a marca de 2 milhões de pessoas com carteira assinada em 2008. Esse resultado é muito forte, inclusive para qualquer país do mundo. Os americanos, por exemplo, estão tendo saldo negativo e o Brasil está olhando para eles e dizendo: vem aprender com a gente a gerar emprego", destacou o ministro Carlos Lupi, durante a coletiva.
Setores de atividade econômica - Em termos setoriais, os dados mostram uma expansão quase generalizada do emprego no mês de agosto, cabendo destacar, em números absolutos, os seguintes setores: Serviços, com o acréscimo de 95.191 postos (+0,80%), resultado recorde para o período; Indústria de Transformação, com 54.756 empregos (+0,74%), a segunda maior geração de empregos do mês na série, ultrapassada somente pela verificada em 2004 (+72.168 postos ou +1,19%); Comércio, com 54.159 postos (+0,82%); e a Construção Civil, com 35.882 postos (+2,04%, a maior taxa de crescimento relativo dentre todos os setores de atividade econômica, sendo 2,6 vezes maior que a taxa média do país), registrando, ambos, recordes para o mês.
"O próprio empresário está percebendo que vale a pena manter o empregado e diversificar sua atividade. Quando antes se demitia nos períodos de baixa produção, hoje se diversifica para manter o empregado em maior período. Por quê? Porque vale a pena", afirmou Lupi.
A Agropecuária, por motivos sazonais relacionados à entressafra no centro-sul do país, foi o único setor que apresentou redução no contingente de assalariados com carteira assinada (-4.995 postos de trabalho ou -0,28%), declínio este, porém, menor que o ocorrido em idêntico mês do ano anterior (-30.806 postos ou -1,79%).
O bom desempenho do setor Serviços decorreu da elevação generalizada dos seis segmentos que integram o setor, com quatro deles apresentando resultados recordes, a saber: Serviços de Alojamentos e Alimentação (+26.732 postos ou +0,62%); Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+26.593 postos ou +0,86%); Ensino (+19.498 postos ou +1,74%) e Serviços Médicos Odontológicos (+8.994 postos ou +0,73%).
No que diz respeito à Indústria de Transformação, observa-se que onze dos doze ramos industriais elevaram o número de postos em agosto, cabendo ressaltar o desempenho da Indústria de Produtos Alimentícios (+16.237 postos ou +0,92%%) e da Indústria de Têxtil e Vestuário (+7.945 postos ou +0,83%). Por outro lado, a Indústria da Borracha, Fumo e Couros, por motivos sazonais, respondeu pelo declínio de 1.190 postos (- 0,36%) redução menor que a verificada em igual período de 2007 (- 4.416 vagas ou -1,37%).
Em termos de longo prazo (últimos 12 meses), período utilizado para contornar a sazonalidade, tanto o setor da Agropecuária quanto o segmento da Indústria da Borracha, Fumo e Couros e Fumo evidenciaram expansão no nível de emprego (+4,28% ou +72.451 postos e 3,81% ou +12.082 postos, respectivamente).
"Esse resultado se deve, primeiro, à força da economia brasileira, que está crescendo em todas as regiões do país, em todos os setores da economia. Com a exceção da Agricultura, todos os demais setores cresceram fortemente. Investimentos fortes na área de serviços, no setor de comércio, de construção e indústria de transformação também. Isso é uma demonstração inequívoca de que o crescimento do Brasil veio pra ficar", afirmou o ministro Lupi.
Regiões
Em agosto, segundo recorte geográfico, as informações do Caged indicam que a expansão do emprego foi generalizada nas Grandes Regiões, com duas delas apresentando recorde na geração de empregos: Norte (+12.944 postos ou +1,03%) e Sudeste (+124.447 postos ou +0,73%). As demais regiões obtiveram o segundo melhor desempenho em termos absolutos na série do Caged para o período, sendo superado apenas pelo ocorrido no ano de 2004: Nordeste (54.311 postos ou +1,27%, o segundo maior saldo e a maior taxa de crescimento do mês dentre as grandes regiões), Sul (+31.660 postos ou +0,56%) e Centro-Oeste (+15.761 postos ou + 0,72%).
Estados
Entre as Unidades da Federação, merecem destaque o estado de São Paulo, com a criação de 83.592 postos (+ 0,81%) em agosto, seguido de Minas Gerais (+19.770 postos ou +0,59%), Rio de Janeiro (+17.565 postos ou +0,60%), todos revelando saldo recorde no período, Paraná (+14.695 postos ou +0,71%) e Pernambuco (+13.367 postos ou +1,58%), apresentando o segundo melhor resultado do período, sendo inferior apenas às elevações de empregos ocorridas em agosto de 2004 (+18.952 postos e 17.554 postos respectivamente). Por outro lado, o estado de Roraima desativou 72 postos de trabalho (-0,27%), decorrente principalmente do desempenho negativo dos setores da Agropecuária (-85 postos ) e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (-69 postos).
Interior x região metropolitana - O emprego formal no conjunto das nove Áreas Metropolitanas cresceu 0,77%, por conta da criação de 97.298 postos de trabalho, um saldo recorde para o período na série do Caged. Neste mês, o interior dos estados desses aglomerados urbanos respondeu pelo aumento de 77.184 postos (+0,67%), desempenho pela primeira vez no ano mais modesto comparativamente ao conjunto das áreas metropolitanas. Tal comportamento está associado à presença de fatores sazonais negativos do ciclo agrícola. Houve elevação generalizada do emprego nas áreas metropolitanas e no interior dos estados dos respectivos aglomerados. O estado de São Paulo foi o maior responsável pelo incremento no número de vagas celetistas, tanto entre as áreas metropolitanas (+49.980 postos) como nas não metropolitanas (+33.612 postos).
O ministro Carlos Lupi aproveitou para dar um gás na esperança de quem ainda está procurando emprego: "Há vagas. Continue a busca que vai conseguir o seu trabalho. Mas tem que se qualificar, buscar uma especialização, para estar preparado para quando esta vaga aparecer".
Assessoria de Imprensa do MTE

sábado, 13 de setembro de 2008

Lula bate recorde e tem aprovação histórica em todos os segmentos e regiões do Brasil

Embalado por fortes resultados na economia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrou o seu próprio recorde de avaliação positiva.Lula também acaba de obter, pela primeira vez, a aprovação da maioria absoluta da população brasileira em todos os segmentos sociais, econômicos e geográficos do país.
Segundo pesquisa Datafolha finalizada nesta quinta-feira (11), 64% da população brasileira considera o governo Lula ótimo ou bom. O recorde anterior já colocava Lula na frente de todos os presidentes eleitos após a redemocratização -55% de aprovação registrados em março passado.O levantamento revela também que a popularidade de Lula acaba de vencer a resistência de segmentos socioeconômicos específicos que mantinham, entre eles, o índice de aprovação abaixo de 50%.Pela primeira vez, Lula tem o apoio da maioria no Sudeste, nas regiões metropolitanas, entre os que têm curso superior e entre os vivem em famílias com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.Entre a pesquisa realizada em março e agora, houve um salto a favor de Lula de 14 pontos percentuais entre os brasileiros mais ricos. Hoje, 57% dos que vivem em famílias que ganham R$ 4.150,00 ou mais por mês aprovam seu governo.Lula também conquistou pela primeira vez a maioria no Sudeste: 57% o aprovam, dez pontos acima da última pesquisa. Há alguns anos Lula também só tinha a maioria ao seu lado em regiões do interior. Agora, 57% dos moradores das regiões metropolitanas o aprovam.Por fim, Lula também venceu a barreira entre os mais escolarizados. Em março, 47% dos brasileiros com curso superior consideravam seu governo ótimo/bom. Agora, são 55%.Os resultados da pesquisa coincidem com a divulgação, anteontem, de um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 6% no primeiro semestre do ano. Nesse bom resultado, houve uma significativa participação do consumo das famílias brasileiras, que cresceu 6,7% (a 19¦ alta seguida) apoiado em aumentos da renda.A expressiva avaliação de Lula aparece também no momento em que a inflação começa a ceder depois de ter atingido um pico neste ano, há três meses.Coincide ainda com a participação pessoal ou do nome de Lula em várias campanhas municipais, além de grande exposição do presidente nos últimos dias por conta do início (ainda que simbólico) da produção de petróleo nas recém-descobertas reservas do pré-sal."A pesquisa mostra que Lula vem quebrando resistências, especialmente entre os principais segmentos da classe média, o que é muito significativo", afirma o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.Na pesquisa, o Datafolha ouviu 2.981 pessoas maiores de 16 anos em 212 municípios do país entre os dias 8 e 11 de setembro. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos.Além de ter ultrapassado barreiras, o levantamento revela que Lula também ampliou de maneira significativa o reforço à sua popularidade entre os que já o apoiavam.No Nordeste, por exemplo, região que sempre deu os melhores índices de popularidade a Lula, sua avaliação subiu mais sete pontos. Hoje, 3 entre cada 4 nordestinos o apóiam.Houve ainda um salto de oito pontos percentuais a favor do presidente entre os mais pobres, com renda familiar até cinco salários mínimos. Atualmente, 65% desses brasileiros avaliam Lula positivamente.
Folha News

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Trabalho dos cortadores de cana será discutido novamente com o governo

A regulamentação do trabalho dos cortadores de cana-de-açúcar em todo o país será discutida novamente em reunião do governo com a Secretaria de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag e o setor patronal. O encontro previsto para o dia 24 de setembro, no Palácio do Planalto, em Brasília, tratará das condições de trabalho na área sucroalcooleira.
O assunto também foi debatido na terça-feira (9), pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, pelos dirigentes da Contag e do setor empresarial. Jornada de trabalho, segurança, saúde e garantia de transporte aos trabalhadores e trabalhadoras rurais estavam entre os assuntos tratados.
De acordo com o secretário da Contag, Antônio Lucas, na última reunião, chegou-se a um consenso sobre a eliminação de serviços terceirizados na área da cana-de-açúcar. "Foi um avanço os empresários terem admitido que a contratação dos trabalhadores deva ser feita diretamente pelos empregadores. Hoje a maioria dos contratos sãos realizados por intermediários, o que acaba trazendo muitos problemas para o setor, como a existência de trabalho escravo".
Na avaliação do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, é necessário a elaboração de um contrato coletivo em âmbito nacional para definir a questão do trabalho dos cortadores de cana. "A expectativa do Grupo de Trabalho da Presidência da República, do qual faço parte, é criar um contrato coletivo nacional que abranja as questões do setor e obrigue os patrões a cumprirem com a legislação para humanizar as gerações de trabalho".
A CUT quer agendar ainda neste mês uma reunião com o ministro do Trabalho Carlos Lupi e representantes das Centrais Sindicais para tratar de melhorias na fiscalização no setor da cana. Atualmente, cerca de 600 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais atuam nesse segmento. CUT

Brasil já é país de classe média, diz Economist

Na edição que chega às bancas nesta sexta-feira (12), a revista britânica The Economist destaca o crescimento da classe média no Brasil, que hoje ultrapassa metade da população. “O Brasil, antes notório por seus extremos, é agora um país de classe média”, diz a reportagem, que cita dados da Fundação Getulio Vargas.
“Esta escalada social é vista, principalmente, nos centros urbanos do país, revertendo duas décadas de estagnação econômica iniciada nos anos 80.” Citando Marcelo Neri, da FGV, a revista aponta duas principais razões para o crescimento da classe média: a melhora no nível de educação, com os alunos permanecendo nas escolas por mais tempo do que no início dos anos 90, e a migração de empregos do mercado informal para a economia formal.
“O ritmo da criação de empregos formais está se acelerando, com 40% mais empregos criados nos 12 meses até julho do que no mesmo período do ano passado, o que, em si mesmo, é um recorde”, afirma a Economist.
“Junto com a transferência de renda para famílias pobres, isso ajuda a explicar o fenômeno - o que não ocorre com o desenvolvimento econômico e social da Índia ou da China. Com o crescimento da classe média brasileira, a desigualdade diminuiu no país.”
BBC Brasil

Educadores param no dia 16 pela implantação do piso salarial nacional

Educadores do magistério público param na próxima terça-feira (16) em todo o país, pela implantação o mais rápido possível do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) nos estados e nos municípios. A paralisação atende a um chamamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pois desde que a lei do piso foi sancionada pelo presidente Lula vários segmentos da sociedade questionam a sua constitucionalidade, inclusive membros do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O presidente da CNTE, Roberto Leão, destaca que a paralisação do dia 16 é a primeira etapa de uma ampla campanha nacional que busca garantir o cumprimento da lei. Até o final do ano, sempre no dia 16, serão realizados atos públicos, assembléias, mobilizações e paralisações em defesa do piso. A mobilização será uma forma de inibir ações dos estados para derrubar pontos da lei do piso. As eleições municipais de outubro também vão contribuir em função do desgaste que representam. E a boa notícia é que os governadores de Pernambuco e Piauí já decidiram instituir o piso de R$ 950,00. Após as eleições municipais serão organizadas caravanas a Brasília para pressionar o Congresso contra projetos de lei que possam propor alteração da legislação do piso e audiências públicas em Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas para debater a implantação do PSPN.Embora a pressão contrária, vários parlamentares já se posicionaram a favor do PSPN.A senadora Ideli Salvati, do PT/SC, já avisa: “Não vamos deixar que um retrocesso atinja essa conquista. Para isso, lutaremos junto com os trabalhadores e o Ministério da Educação para que o piso seja aplicado em todos os estados”. Para Leão, defender a adoção do Piso Salarial Nacional é lutar pela qualidade da educação no país. “A sociedade precisa saber que o Piso é um importante passo para que o Brasil possa oferecer uma educação de qualidade a crianças, jovens e adultos, independente de seu município ou estado”, finaliza. Professores e funcionários de escolas em todo o território nacional já estão mobilizados. Acompanhe a programação em alguns estados e no DF: Distrito Federal: Mobilização em frente à Câmara Legislativa para pedir a implantação imediata da Lei de Piso. Minas Gerais: Assembléia às 15h, no pátio da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e passeata até o Palácio da Liberdade. Pernambuco: Audiência em defesa do piso na Assembléia Legislativa do estado.
Piauí: A partir das 8 horas, Seminário no Auditório Mestre Dezinho, no Centro de Artesanato e assinatura de carta compromisso aos candidatos a Prefeito e Vereadores nas eleições de outubro solicitando a implantação do piso nos municípios. Rio Grande do Sul: Paralisação em todo estado, no horário de funcionamento das escolas. Rondônia: Passeata pelas principais ruas da capital, com realização de assembléia para discutir a pauta de reivindicações 2009. Santa Catarina: Mobilização em todas as escolas estaduais e municipais. E no dia 17, às 8h30, Seminário sobre o Piso Nacional no CEDUP, em Lages.
São Paulo: Seminário: Jornada e Diretrizes da Carreira Docente, de 9 às 14h, na Assembléia Legislativa.
CUT (www.cut.org.br)

Agricultura familiar terá financiamento de R$ 7,2 bilhões na safra 2008/2009

Os empréstimos do Banco do Brasil para os agricultores familiares devem crescer 30%, neste ano, em comparação à safra 2007/2008 (R$ 6 bilhões). Segundo o vice-presidente de Agronegócio do BB, Luís Carlos Guedes, o montante financiado passará de R$ 6 bilhões para R$ 7,2 bilhões na safra (2008/2009).
“Nós estamos alcançando este ano mais de 1,2 milhão de famílias de agricultores familiares”, disse. O financiamento da agricultura familiar é feito apenas por bancos oficiais e o Banco do Brasil é responsável por cerca de 70% dos empréstimos. O restante é diluído entre o Banco do Nordeste (BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e cooperativas de crédito.
O crédito é concedido por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). De 2003 até hoje, o crédito rural concedido pelo Banco do Brasil, via Pronaf, cresceu 290%, passando de R$ 2 bilhões na safra 2002/2003 para os atuais R$ 7,2 bilhões previstos.
Isso mostra que “o compromisso assumido pelo presidente Lula, de apoiar mais fortemente a agricultura familiar, se concretizou, com o aumento dos números: 290% ao longo das últimas seis safras”.
O Pronaf foi criado em 1995, numa época em que o crédito rural no Brasil era voltado quase que, exclusivamente, aos agricultores de médio e grande porte. “Os pequenos agricultores não tinham acesso à política de crédito. E o Pronaf veio preencher essa lacuna, alcançando os agricultores familiares”, afirmou.
De acordo com dados do BB, o Nordeste foi uma da regiões que mais tiveram alta no financiamento da agricultura familiar. Ali, os desembolsos evoluíram de R$ 187,5 milhões, na safra 2002/2003, para R$ 584 milhões, na safra 2007/2008.
No mesmo período, os recursos do Pronaf, só no estado do Ceará, subiram de R$ 5,9 milhões para R$ 62,2 milhões. “Nós temos uma vinculação muito forte da nossa atuação na agricultura familiar com os Planos de Negócio de Desenvolvimento Regional Sustentável [DRS]. Então, nós estamos atuando, hoje, em mais de dois mil projetos integrando DRS com agricultura familiar”, relatou Guedes.
Guedes destacou que os financiamentos do Pronaf são cobertos por seguro, para cobrir perdas devido a fenômenos climáticos. “Agricultura é uma atividade de alta volatilidade porque depende de condições climáticas. É um produto de caráter biológico.”
Ele lembrou que, hoje, o banco oferece outro mecanismo, instituído no ano passado, que é o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF)। Segundo Gudes, 73% do financiamento à agricultura familiar tem PGPAF e 93%, dos créditos concedidos pelo Pronaf, têm seguro agrícola. Esses mecanismos, enfatizou, contribuem para reduzir o risco da agricultura familiar.
Agência Brasil

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PIB alcança R$ 716,9 bilhões e cresce 6,1% no segundo trimestre, diz IBGE

O PIB brasileiro, em valores correntes, alcançou R$ 716,9 bilhões, no segundo trimestre de 2008, divulgou o IBGE na manhã desta quarta-feira (10). A alta, de 6,1% em relação ao mesmo trimestre de 2007, superou a expectativa de analistas, que era de 5,2%.
Na comparação entre os primeiros semestres de 2008 e 2007, o PIB subiu 6%, um total de R$ 1,38 trilhão. O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em um determinado período.
Nos últimos doze meses, PIB acumula 6,0% em relação aos doze meses anteriores - taxa que resultou da elevação de 5,4% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 9,2% nos Impostos sobre Produtos.
No segundo trimestre de 2008, o PIB subiu 1,6% em relação ao trimestre anterior (série com ajuste sazonal), também superando as previsões do mercado, de 1%. O maior destaque foi a Agropecuária, com crescimento de 3,8%, seguida por Serviços (1,3%) e Indústria (0,9%).
O crescimento da Agropecuária pode ser explicado, em grande parte, pelo desempenho de alguns produtos importantes que possuem safra relevante no trimestre. Esse é o caso, por exemplo, do café em grão, do milho, do arroz em casca e da soja, com estimativas de crescimento na produção para 2008 de 27,7%, 12,8%, 9,6% e 3,6%, respectivamente.
Na Indústria, o destaque foi a Construção Civil (9,9%), beneficiada pelo aumento de 5,0% da população ocupada no setor e pelo crescimento nominal de 26,7% de operações de crédito para o setor de habitação. A Indústria Extrativa cresceu 5,3%, em grande parte decorrência do aumento de 5,1% da produção de petróleo e gás e de 7,3% da produção de minério de ferro. Em seguida vieram a Indústria da Transformação (4,8%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,5%).
Financiamento
A necessidade de financiamento do Brasil no primeiro semestre de 2008 foi de R$ 14,270 bilhões, a maior da série deste indicador produzida pelo IBGE desde o segundo trimestre de 2001. O indicador guarda semelhanças com os do balanço de pagamentos, divulgado pelo Banco Central, embora seja diferente e expresso em real, enquanto os do BC são em dólar.
Segundo o IBGE, a necessidade de financiamento corresponde ao déficit em conta corrente mais a conta de capital (do balanço de pagamentos) e inclui também um proporção de energia cedida por Itaipu e uma estimativa de contrabando, obtida por diferenças entre dados oficiais de consumo e oferta.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Brasil encerra safra 2007/2008 de grãos com recorde de 143,8 milhões de toneladas

Na estimativa final da safra 2007/08 de grãos, o governo brasileiro informou que o país produziu 143,8 milhões de toneladas, número 9% superior ao da safra anterior e o maior já registrado. Em 2006/07, a produção total de grãos do Brasil havia ficado em 131,7 milhões de toneladas, depois de alguns problemas climáticos e menor investimento na produção após um panorama ruim de preços.
O volume final recorde da safra vem em um momento em que os preços internacionais atingiram picos recentes, apesar de nas últimas semanas o mercado estar passando por uma correção para baixo, que atinge as commodities de modo geral.
"O avanço é fruto da capacidade empreendedora do produtor brasileiro e da política de apoio consistente do governo à agricultura", afirmou em comunicado o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Wagner Rossi.
No 12º e último levantamento da safra 2007/08, o governo informou que a produção de soja atingiu 60,05 milhões de toneladas, praticamente em linha com a estimativa de agosto e 2,8% superior ao volume do ano passado.
Já a produção de milho (primeira e segunda safras somadas) atingiu 58,6 milhões de toneladas, ante 58,4 milhões de toneladas no levantamento anterior (agosto) e 51,3 milhões de toneladas na safra passada.
"Essa cultura é o grande destaque do período", informou a Conab sobre o cereal, que teve volume 14% maior que no ano passado. Outro grão em evidência foi o trigo, com safra estimada em 5,44 milhões de toneladas, estável ante agosto e 42 % acima da produção do ano passado, de 3,82 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, o Paraná lidera a produção de grãos no país, com 21,1 por cento do total, seguido pelo Mato Grosso (19,7 %), Rio Grande do Sul (15,6 %) e Goiás (9,1 %).
O aumento da safra foi superior ao crescimento da área de cultivo, resultado de maiores investimentos e de um padrão climático melhor. A área de cultivo em 2007/08 ficou em 47,36 milhões de hectares, ante 46,21 milhões na safra anterior. A região centro-sul responde por 79% do total.
A Conab também divulgou números sobre estoques de passagem. Eles são de 10,63 milhões de toneladas de milho, 1,03 milhão de toneladas de arroz, 3,03 milhões de toneladas de soja, 535,5 mil de toneladas de feijão e 2,28 milhões de toneladas de farelo de soja, entre outros produtos.
O último levantamento da safra 2007/08 foi realizado por 80 técnicos, entre os dias 18 e 22 de agosto.
Agência Informes