quinta-feira, 7 de agosto de 2008

FGV: Inflação de julho para famílias de baixa renda tende a cair

Puxada por um recuo no preço dos alimentos, a inflação de julho para famílias de baixa renda, que registrou a segunda menor alta do ano, pode desacelerar ainda mais em agosto. A avaliação é do economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta quinta-feira (7) Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1).
A pesquisa da FGV abrangeu famílias de quatro capitais, com renda entre R$ 415 e R$ 1.037. O resultado mostra que, para tais famílias, a inflação em julho ficou em 0,61%, ante 1,29%, em junho. No acumulado em 12 meses, (agosto de 2007 a julho de 2008), o índice ficou em 9,46%, o maior desde o início da série histórica, em dezembro de 2004.
“No primeiro semestre, houve uma pressão generalizada de alimentos importantes, sobretudo, arroz, feijão, carne e derivados de trigo. Neste segundo semestre, esses produtos apresentaram recuo em suas taxas e ensaiam uma possível queda em agosto, como é caso do arroz e do feijão”, disse Braz.
Nos mês de julho, os alimentos foram responsáveis por cerca de 90% do IPC-C1e registraram inflação de 0,98% na comparação com o mês anterior (2,5%). A maior parte dos produtos pesquisados apresentou desaceleração de preços, com destaque para o arroz e o feijão.
O arroz registrou inflação de 14,37% em junho contra 0,72% medida em julho. O feijão, por sua vez, saiu de 15,57% em junho para 6,01%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação do arroz chega a 38% e a do feijão, a 15%.
Ainda de acordo com a pesquisa da FGV, no acumulado dos últimos 12 meses, a maior inflação para baixa renda entre as capitais pesquisadas foi registrada em Recife (12,09%), seguida por Salvador (9.93%), Rio de Janeiro (9,56) e São Paulo (7,56).

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