quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PIB alcança R$ 716,9 bilhões e cresce 6,1% no segundo trimestre, diz IBGE

O PIB brasileiro, em valores correntes, alcançou R$ 716,9 bilhões, no segundo trimestre de 2008, divulgou o IBGE na manhã desta quarta-feira (10). A alta, de 6,1% em relação ao mesmo trimestre de 2007, superou a expectativa de analistas, que era de 5,2%.
Na comparação entre os primeiros semestres de 2008 e 2007, o PIB subiu 6%, um total de R$ 1,38 trilhão. O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em um determinado período.
Nos últimos doze meses, PIB acumula 6,0% em relação aos doze meses anteriores - taxa que resultou da elevação de 5,4% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 9,2% nos Impostos sobre Produtos.
No segundo trimestre de 2008, o PIB subiu 1,6% em relação ao trimestre anterior (série com ajuste sazonal), também superando as previsões do mercado, de 1%. O maior destaque foi a Agropecuária, com crescimento de 3,8%, seguida por Serviços (1,3%) e Indústria (0,9%).
O crescimento da Agropecuária pode ser explicado, em grande parte, pelo desempenho de alguns produtos importantes que possuem safra relevante no trimestre. Esse é o caso, por exemplo, do café em grão, do milho, do arroz em casca e da soja, com estimativas de crescimento na produção para 2008 de 27,7%, 12,8%, 9,6% e 3,6%, respectivamente.
Na Indústria, o destaque foi a Construção Civil (9,9%), beneficiada pelo aumento de 5,0% da população ocupada no setor e pelo crescimento nominal de 26,7% de operações de crédito para o setor de habitação. A Indústria Extrativa cresceu 5,3%, em grande parte decorrência do aumento de 5,1% da produção de petróleo e gás e de 7,3% da produção de minério de ferro. Em seguida vieram a Indústria da Transformação (4,8%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,5%).
Financiamento
A necessidade de financiamento do Brasil no primeiro semestre de 2008 foi de R$ 14,270 bilhões, a maior da série deste indicador produzida pelo IBGE desde o segundo trimestre de 2001. O indicador guarda semelhanças com os do balanço de pagamentos, divulgado pelo Banco Central, embora seja diferente e expresso em real, enquanto os do BC são em dólar.
Segundo o IBGE, a necessidade de financiamento corresponde ao déficit em conta corrente mais a conta de capital (do balanço de pagamentos) e inclui também um proporção de energia cedida por Itaipu e uma estimativa de contrabando, obtida por diferenças entre dados oficiais de consumo e oferta.

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