segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Rands defende expansão da cooperação entre Brasil e Terceiro Mundo

Em artigo publicado na edição desta segunda-feira (1º) do jornal O Globo ,o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE) rebateu críticas preconceituosas à cooperação Sul-Sul implementada pelo governo Lula como mola central de sua política externa। Para Rands, a cooperação Sul-Sul deve ser expandida, “sem prejuízo de se adotarem modalidades inovadoras de ação” com países desenvolvidos। “ O Brasil acerta ao aprofundar os vínculos com o Terceiro Mundo, em busca de novos mercados, mantendo ao mesmo tempo boas relações com parceiros tradicionais”, afirma।Leia a íntegra do artigo:“
Ideologias à parte
São preconceituosas as críticas à cooperação Sul-Sul, tradicional em nossa política externa e aprofundada no governo Lula, que a transformou em mola central de sua atuação internacional. A ação deve ser expandida, sem prejuízo de se adotarem modalidades inovadoras de ação com países desenvolvidos.
Não há nada de ideológico na aproximação com países em desenvolvimento, cujas potencialidades têm atraído as nações desenvolvidas. Portanto, o Brasil acerta ao aprofundar os vínculos com o Terceiro Mundo, em busca de novos mercados, mantendo ao mesmo tempo boas relações com parceiros tradicionais.
Em termos práticos, consolidar o Mercosul, integrar os países sul-americanos, aprofundar os laços com outros países considerados periféricos não contradiz o relacionamento com União Européia e EUA. Com estes, o relacionamento é fluido e se reflete em acordos de cooperação e no aumento da corrente comercial. No governo Lula, o relacionamento com os EUA, por exemplo, deu-se praticamente sem arestas, apesar de divergências profundas sobre temas globais.
É importante frisar o êxito da aproximação comercial com os países em desenvolvimento. No primeiro mandato de Lula (2003/06), as exportações do país cresceram 128%, ante crescimento das exportações mundiais de 86%. Mas, para os países em desenvolvimento, nossas exportações cresceram extraordinários 210%, contra 79% para os países desenvolvidos. Foi uma decisão sábia ampliar o leque de parceiros e prospectar mercados antes relegados a segundo plano. O resultado não é "ideológico", mas concreto.
A cooperação abrange outros campos e garante ao Brasil presença positiva e crescente em países e regiões de interesse primordial। Há também foros de diálogo, como o G-20 e o Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), que aumentam o protagonismo externo do país। Esses foros propiciam maior articulação entre as economias em desenvolvimento, impulsionando a defesa conjunta de seus interesses। Com realismo, os países do Sul têm condições de participar mais ativamente e de mudar o jogo internacional।”
Agência Informes ( www.ptnacamara.org.br)

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