segunda-feira, 30 de junho de 2008

Governo vai reajustar valor do Bolsa Família sempre que puder, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (30) que vai continuar reajustando o valor do benefício pago pelo Bolsa Família. Para ele, os que acusam o governo federal de uso eleitoreiro do programa “perderam a sensibilidade”.

“Estamos dando o reajuste porque temos condições de dar, porque tem, no orçamento, dinheiro para dar este reajuste. Na medida em que puder reajustar mais, vamos reajustar mais fortemente”.

O valor básico do Bolsa Família – que no último reajuste, em agosto do ano passado, era de R$ 58 – passou para R$ 62 e o benefício variável agora é de R$ 20 contra os R$ 18 repassados até então. A partir de terça-feira (1º), 11 milhões de famílias atendidas pelo programa poderão sacar os valores já alterados.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula reforçou que o reajuste de 8% corresponde ao aumento dos preços dos alimentos ocorrido nos últimos meses e que o cálculo é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com o Ministério da Fazenda.

“A parte mais pobre da população, que ganha uma ajuda para comprar comida para levar para casa e sustentar a família, merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária”.

Economia em ordem

Ainda durante o Café com Presidente, o presidente Lula reafirmou que a economia brasileira está “em ordem”. Ele prometeu mais empregos para a população e creditou a queda do desemprego no país – divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – aos investimentos do governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Acredito que, a partir do ano que vem, as obras do PAC já estarão em andamento com muito mais força, com muito mais volume. Agora é que elas vão começar a gerar muito mais empregos, que é o que o Brasil precisa: mais emprego, mais salário, mais renda, mais consumo.”

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula lembrou que, quando assumiu o governo, o Brasil tinha R$ 300 bilhões de crédito e que, atualmente, o país conta com um volume de R$ 1 trilhão.

“Isso significa que tem gente tomando dinheiro emprestado para fazer investimento em alguma coisa. Isso significa que vai gerar mais empregos. Quando eu pego os números do Ministério do Trabalho e constato que, nos primeiro cinco meses, nós criamos 1,051 milhão de empregos com carteira assinada, a tendência natural é isso vir crescendo.”

Dados do IBGE mostram que a taxa de desemprego caiu para 7,9% em maio, nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras, depois de ter ficado em 8,5% em abril. O resultado foi o menor já registrado para o mês desde 2002 e o menor, entre todos os meses, desde dezembro de 2007 (7,4%). Na comparação com maio do ano passado (10,1%), o recuo foi maior: 2,2 pontos percentuais.

Agência Brasil

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